segunda-feira, maio 08, 2006

Adeus




Ontem, enquanto conversávamos, eu tentava adiar ao máximo o momento seguinte,
Aquele no qual os meus próprios fantasmas assolariam meus pensamentos.

Eu temia... assim como agora temo,
A minha própria racionalidade irracional.

É como se meu corpo de repente se visse possuído por outra alma,
Ou, mais certo, meu ser por outro coração...

É como se a integridade do meu eu passado clamasse, exigisse o seu retorno.
E, na calada da noite, travo essa luta solitária.

Flagro-me por vezes perdida, em meio a um turbilhão de pensamentos sem fim,
Desesperada e arredia, com medo do devir.
E capitosa demais à própria idéia da impermanência,
Que insiste, em dias turvos como esse, em nublar, todavia mais, meus caminhos...

Confesso ainda: Que minha memória às vezes me trai, na esperança, vã, de ocultar a felicidade escondida em seu nome...
E que mesmo o Atlas e o Tempo insistem, aos brados e reiteradamente, em me dizer do absurdo de tudo isso.

Confesso mais: às vezes, algumas vezes, a tentação de desistir é grande.
E em bandeja brilhante e tapete vermelho
O passado se assoma e me diz, em tom de convite:

- Não vá!!Não se deixe ir... esqueça tudo isso...

E nessa hora, os projetos de outrora parecem sorrir uma promessa há muito acalentada.

Mas aí, com ar maroto e lugar cativo
você me sussurra,
Entre um pensamento e outro:

Que é chegada a hora
De desapegar-me de mim.



4 Comments:

Blogger Amoureux said...

Yume, ¿estás bien? Lo poco que entiendo del post no me dice nada bueno, anda, explica lo que te pasa...

6:33 AM  
Blogger maconheiro said...

Sempre que deixamos algo temos medo do que vai acontecer, uma parte de nosso ser deixa e a outra não, sempre será uma luta interior.
Deixa-te levar por o destino e não escutes a voz do pasado.

2:48 AM  
Anonymous Anônimo said...

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12:13 AM  
Anonymous Anônimo said...

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10:27 PM  

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