Adeus
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Ontem, enquanto conversávamos, eu tentava adiar ao máximo o momento seguinte,
Aquele no qual os meus próprios fantasmas assolariam meus pensamentos.
Eu temia... assim como agora temo,
A minha própria racionalidade irracional.
É como se meu corpo de repente se visse possuído por outra alma,
Ou, mais certo, meu ser por outro coração...
É como se a integridade do meu eu passado clamasse, exigisse o seu retorno.
E, na calada da noite, travo essa luta solitária.
Flagro-me por vezes perdida, em meio a um turbilhão de pensamentos sem fim,
Desesperada e arredia, com medo do devir.
E capitosa demais à própria idéia da impermanência,
Que insiste, em dias turvos como esse, em nublar, todavia mais, meus caminhos...
Confesso ainda: Que minha memória às vezes me trai, na esperança, vã, de ocultar a felicidade escondida em seu nome...
E que mesmo o Atlas e o Tempo insistem, aos brados e reiteradamente, em me dizer do absurdo de tudo isso.
Confesso mais: às vezes, algumas vezes, a tentação de desistir é grande.
E em bandeja brilhante e tapete vermelho
O passado se assoma e me diz, em tom de convite:
- Não vá!!Não se deixe ir... esqueça tudo isso...
E nessa hora, os projetos de outrora parecem sorrir uma promessa há muito acalentada.
Mas aí, com ar maroto e lugar cativo
você me sussurra,
Entre um pensamento e outro:
Que é chegada a hora
De desapegar-me de mim.
4 Comments:
Yume, ¿estás bien? Lo poco que entiendo del post no me dice nada bueno, anda, explica lo que te pasa...
Sempre que deixamos algo temos medo do que vai acontecer, uma parte de nosso ser deixa e a outra não, sempre será uma luta interior.
Deixa-te levar por o destino e não escutes a voz do pasado.
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